sábado, 11 de setembro de 2010

Poema sem rima...caótico.

Duas pessoas encontraram-se um dia como por mero acaso.
Não numa qualquer esquina  da cidade,
não num bar ou numa praia ao pôr do sol,
mas no mais provável improvável dos locais.

Duas pessoas, duas vidas diferentes a uma distância sem limites,
encontraram-se como por acaso...quando sonhavam com esse acaso.

Palavras foram trocadas e entendimentos realizados.
Na diferença havia, afinal, qualquer coisa de vidas passadas,
desejos sufocados, espantos e ansiedades que tiveram no verbo a sua expressão.
A forma, a cor, a paixão...tentação, desejo intenso de união.

O que fazer, quando duas pessoas se encontram assim, um dia, como por mero acaso
e vivem de ilusões,
remando contra a maré da realidade,
julgando o impossível possível?

Não sei. Não sei.
Quero voltar atrás no tempo e ao mesmo tempo não quero,
porque amar assim, coisa impensável, que já no passado foi amargura,
não se tornará numa pena, ainda mais dura?