sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Derrota

Acabaram-se os sonhos, as fantasias mirabolantes. A realidade bate-me na cara e diz-me para acordar de vez, para me conformar. Nada, mas absolutamente nada, vai mudar. Tão longo é este caminho que já percorri...Tantos muros, tantas pedras, tantos desertos e sempre, sempre à procura, sempre com esperança de tocar com os dedos da alma um raio de sol!

Deponho as armas. Abandono o campo de batalha, tão sozinha como quando nele entrei. Estou cansada de lutar, de acreditar, de esperar... Estou cansada de tudo! Quero fechar os olhos e deixar de pensar, de sentir.

"Certas fracções da minha vida assemelham-se já a salas desguarnecidas de um palácio demasiadamente vasto que um proprietário empobrecido renuncia a ocupar todo."
 
Marguerite Yourcenar, in 'Memórias de Adriano'

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sensualidade em pedra


Pormenor do "Rapto de Proserpina (1621-1622), Bernini