segunda-feira, 28 de junho de 2010

Magnólia, o filme

Ontem revi o meu filme preferido, o "Magnólia" de Paul Thomas Anderson. Embora já com uns bons anos em cima, pois foi rodado em 1999, não perde nem actualidade, nem beleza.
Um puzzle fantástico de vidas que se cruzam, com os seus desesperos, remorsos, inseguranças. A condição humana sujeita aos acasos, às coincidências...mas sobretudo a essa certeza que para cada acção/decisão nossa ou dos outros, há sempre uma ou mais consequências a médio ou a longo prazo. E essas consequências nem sempre são as melhores.
Muito do que é dito no "Magnólia" deixa-nos, inevitavelmente, a pensar sobre a nossa própria existência: "Podemos cortar com o passado. Mas o passado não corta conosco."

 Fantástica banda sonora, com canções de Aimee Mann.

domingo, 27 de junho de 2010

Love Story


Histórias de amor, daquelas de fazer correr rios de lágrimas, nunca me comoveram. A literatura e o cinema estão povoados delas, dessas histórias de amor, que consolam os carentes e fazem sonhar os insatisfeitos. São novelas que, na sua maioria, se centram nos começos, no tal momento fugaz, destinado a perecer, que é a paixão. O amor é outra coisa e, sinceramente, não conheço nenhuma definição exacta, científica, para esse sentimento. A própria palavra é utilizada, hoje em dia, nas mais diversas circunstancias, para exprimir a nossa relação espiritual, afectiva com algo ou alguém - eu amo as artes, diz o artista; eu amo este gelado, diz o adolescente; eu amo aquela pessoa, diz o apaixonado. Amar será, então, gostar e há gostos que permanecem e outros não. No adulto, o gostar de alguém (e note-se, já não utilizo o termo "amar") está relacionado com as suas próprias necessidades, afectivas ou outras. Por outras palavras, não gostamos de alguém porque queremos dar, mas sim porque queremos receber e estamos a receber - as nossas necessidades estão a ser satisfeitas. É esse sentimento um pouco egoísta, que nos leva a querer permanecer numa relação. E nessa altura, mas só nessa altura, começamos a dar também. Receber e dar forma o casal, forma o grupo de amigos, é a nossa condição, inconsciente ou consciente, do gostar e continuar a gostar dos outros.
Então, porque não existem "Love Story"? Porque o ser humano não é algo de estático, não é um objecto ou um prato de comida, que apresenta imutavelmente sempre o mesmo aspecto, cheiro ou sabor. O ser humano muda. O ser humano sofre modificações ao longo de toda a sua vida, quer sejam elas físicas ou psicológicas. Uma boa parte das suas necessidades, desejos, aspirações, vão evoluíndo, alterando-se. Espera-se, então, que o outro se aperceba disso, que vá ao nosso encontro e nos dê. Nem sempre isso acontece, não só porque muitas vezes as pessoas não evoluem da mesma maneira e ao mesmo ritmo, como um dos dois pode simplesmente não evoluir. Também há que pensar nessas relações em que um dos elementos apenas quer receber...estão condenadas ao fracasso.
Por isso, eu digo "Love Story" é coisa que não existe. O que existe é o gostar de alguém, enquanto esse alguém estiver à altura de satisfazer as nossas necessidades.

Lilith, passado e presente

Não tenho vontade de nada, mas obrigo-me a ter vontade de tudo. O passado é coisa que teima, mas só o tempo me ajudará a desvanecê-lo. Nos entretantos viajo por paisagens desconhecidas, ambientes diferentes. Faço o que deveria ter feito e reencontro-me, passo a passo, devagarinho. Reencontro-me ao procurar a luz, como um cego que recupera a visão.






Fotografia de Luís Palma

Para quem gosta de caminhadas

Caminhadas, eu?! Nem por isso. Dos muitos desportos que existem, os que me despertaram a atenção ao longo da vida tinham de ter qualquer coisa que envolvesse desafio, competição, adrenalina. Passei, ainda muito nova, pela ginástica desportiva e pela esgrima. Senti e sinto vontade do tiro ao arco, da pesca submarina ...mas, por uma qualquer razão que não a preguiça, acabei pelo nada. Talvez o trabalho, as responsabilidades da vida familiar e uma certa inércia dentro da tal "gaiola de lilith", me tenham tirado a necessária força anímica para pôr em prática o que, na realidade, era o necessário complemento do meu ser.  Mas, nunca é tarde. A mudança é urgente. Afinal, a Lilith saiu da gaiola. Porque não começar por uma caminhada?! Porque não juntar desporto, paisagem e história - o pacote perfeito.
No próximo dia 3 de Julho, vai realizar-se uma grande caminhada (13 Km) entre a Patameira e o Forte do Alqueidão. Um verdadeiro passeio pedestre que percorre os locais de maior relevo das Linhas de Torres (3ª Invasão Francesa a Portugal). É gratuito e sempre pode ser rematado, para a recuparação de energias, com um belo piquenique ao bom estilo português, de manta no chão (onde os mais estoirados pela caminhada poderão fazer a sesta) ou, ainda, com uns banhos revigorantes numa daquelas praias rebeldes da região do Oeste.
Fica aqui o link para quem se queira increver: http://www.cm-sobral.pt/News/newsdetail.aspx?news=a5d3757f-ea6e-4d76-8e25-ffe8f0026ffb

sábado, 26 de junho de 2010

Festival Sete Sóis Sete Luas

Começou ontem, na Fábrica da Pólvora (Barcarena), o ciclo de espectáculos, em Portugal, ligados a esse grande evento que é o Festival Sete Sóis Sete Luas.

Já na sua 18ª edição, este festival é promovido por uma rede cultural que abarca 30 cidades de dez países do Mediterrâneo e do mundo lusófono.
Este ano, José Saramago é o grande homenageado.

O espectáculo de ontem à noite, foi absolutamente fabuloso, não apenas pela excelente actuação do grupo basco Inaki Plaza, mas sobretudo pelo espaço em que se realizou. É que a Fábrica da Pólvora é um desses lugares mágicos, povoado de luzes, árvores e fontes, que nos envolve numa paz e beleza indescritíveis.

O meu obrigada ao Luís Palma, por me ter proporcionado uma noite tão agradável, num local que estava tão longe e, afinal, tão perto.
Vamos lá a ver se ele me deixa colocar aqui algumas das muitas fotografias que tirou. Para já, dos Inaki Plaza aqui fica o video que encontrei no YouTube.

 

domingo, 20 de junho de 2010

Algumas frases célebres sobre a Calúnia

"A calúnia e a injúria são armas da ignorância." (George Sand)

"A calúnia torna sempre pior o caluniador e não o caluniado." (C. C. Colton)

"O homem procura um princípio em nome do qual possa desprezar o homem. Inventa outro mundo para poder caluniar e sujar este; de fato só capta o nada e faz desse nada um Deus, uma verdade, chamados a julgar e condenar esta existência." (Friedrich Wilhelm Nietzsche)

Mentir? Para quê...


Quem nunca mentiu que atire a primeira pedra! Mas há, sem dúvida, mentiras e mentiras. As consequências de umas e de outras são bastante diferentes.
Podemos dizer a um amigo que está com boa cara, quando na realidade tem um aspecto terrível - é uma daquelas mentirinhas que usamos, por bondade, para elevar a auto-estima de alguém de quem gostamos e está a passar por um momento complicado. Podemos desfazer um compromisso social - um jantar, uma ida ao cinema - com uma mentira, por não querermos magoar as pessoas ou que elas pensem que as estamos a pôr de parte. Não deixam de ser mentiras, é verdade, mas são daquelas que não deixam marcas.

Há um outro tipo de mentira, esse sim, que pode ter resultados imprevistos, dolorosos, em especial quando assume a forma de calúnia.

"A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências (quando tememos que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima (quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas."
revista Sábado de 09/07/2004.


É verdade. A mentira pode surgir por várias razões, mas se o objectivo é darmos aos outros uma imagem melhor de nós próprios ou para obter ganhos e regalias...então, se todos assim fossemos, em que mundo tormentoso viveriamos?!

sábado, 19 de junho de 2010

Esquecer

«Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa, como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já não estar lá?


As pessoas têm de morrer, os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece?

Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas!

É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou coração. Ninguém aguenta estar triste, ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que se pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso primeiro aceitar.

Dizem-nos depois para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se tudo na alma, fica tudo desarrumado.

E o esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Porque é que sempre nos momentos em que estamos mais cansados ou mais felizes que sentimos mais a falta das pessoas de quem amamos? O cansaço faz-nos precisar delas. Quando estamos assim, mais ninguém consegue tomar conta de nós. O cansaço é uma coisa que só o amor compreende. E a felicidade faz-nos sentir pena e culpa de não a podermos partilhar. É por estarmos de uma forma ou de outra sozinhos que a saudade é maior.

Mas o mais difícil de aceitar é que há lembranças e amores que necessitam do afastamento para poderem continuar. Às vezes a presença do objecto amado provoca a interrupção do amor. E a complicação, o curto-circuito, o entaralamento, a contradição que está ali presente, ali, na cara do coração, impedindo-o de continuar.

As pessoas nunca deveriam morrer, nem deixarem de se amar, nem separar-se, nem esquecer-se, mas morrem e deixam e separam-se e esquecem-se. Custa aceitar que os mais velhos, que nos deram vida, tenham de dar a vida para poderem continuar vivos dentro de nós. Mas é preciso aceitar. É preciso aceitar. É preciso sofrer, dar urros, dar murros na mesa, não perceber. E aceitar. Se as pessoas amadas fossem imortais perderíamos o coração. Perderíamos a religiosidade, a paciência, a humanidade até.

Há uma presença interior, uma continuação em nós do que desapareceu, que se ressente do confronto com a presença exterior. É por isso que nunca se deve voltar a um sítio onde se tenha sido muito feliz. Todas as cidades se tornam realmente feias, fisicamente piores, à medida que se enraízam e alindam na memória que guardamos delas no coração. Regressar é fazer mal ao que se guardou.

Uma saudade cuida-se. Nos casos mais tristes separa-se da pessoa que a causou. Continuar com ela, ou apenas vê-la pode desfazer e destruir a beleza do sentimento, as pessoas que se amam mas não se dão bem só conseguem amar-se bem quando não se dão. Mas como esquecer? Como deixar acabar aquela dor? É preciso paciência. É preciso sofrer, é preciso aguentar.

Há grandeza no sofrimento. Sofrer é respeitar o tamanho que teve um amor. No meio do remoinho dos erros que nos revolver as entranhas de raiva, do ressentimento, do rancor – temos de encontrar a raíz daquela paixão, a razão original daquele amor.

As pessoas morrem, magoam-se, separam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades. Para esquecê-las é preciso chorá-las primeiro. Esta é uma verdade tão antiga que espanta reparar em como ainda temos esperanças de contorná-la. Nos uivos das mulheres nas praias da Nazaré não há “histeria” nem “ignorância” nem “fingimento”. Há a verdade que nós, os modernos, os tranquilizados, os cools, os cobardes, os armados em livres e independentes, os tanto-me-fazes, os anestesiados, temos mesmo de enfrentar.

Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas das Caraíbas, livros de poesia – só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar fôlego. Esta dor tem de ser aguentada e bem sofrida com paciência e fortaleza. Ir a correr para debaixo das saias de quem for é uma reacção natural, mas não serve de nada e faz pouco de nós próprios. A mágoa é um estado natural. Tem o seu tempo e o seu estilo. Tem até uma estranha beleza. Nós somos feitos para aguentar com ela.

Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amamos, de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, de lhe pormos os cornos, de lhe compormos redondilhas, mas tudo isso não tem mal. Nem faz bem nenhum. Tudo isso conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada por ter sido apanhada na via pública, como um bicho preto e feio, um parasita de coração, uma peste inexterminável, barata esperneante: uma saudade de pernas para o ar.

O que é preciso é igualar a intensidade do amor a quem se ama e a quem se perdeu. Para esquecer é preciso dar algo em troca. Os grandes esquecimentos saem sempre caros. É preciso dar tempo, dar dor, dar com a cabeça na parede, dar sangue, dar um pedacinho de carne.

E mesmo assim, mesmo magoado, mesmo sofrendo, mesmo conseguindo guardar na alma o que os braços já não conseguem agarrar, mesmo esperando, mesmo aguentando como um homem, mesmo passando os dias vestida de preto, aos soluços, dobrada sobre a areia de Nazaré, mesmo com muita paciência e muita má-vontade, mesmo assim é possível que não se consiga esquecer nem um bocadinho.

E quando alguém está sempre presente? Quando é tarde. Quando já não se aguenta mais. Quando já é tarde para voltar atrás, percebe-se que há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar. »

Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Marrakech...em Agosto?

Definitivamente ensandeci.
Primeiro era Amesterdão, depois Edimburgo. Agora, definitivamente, Marrakech e, ainda por cima, em Agosto. É que as altas temperaturas são, para mim, deveras insuportáveis. Então como meti nisto? É no que dá planear férias em grupo. Prevalece a vontade da maioria que quer ir para os kasbah e ver o deserto. Também é verdade que vamos para um "resort" de cinco estrelas, com uma daquelas piscinas enormes, com bar no meio, palmeiras, buffet para engordar (ao menos não tenho de cozinhar)...estou capaz de uma dança do ventre...lol Mas com a caloraça, já me estou a ver dentro da piscina, só com o nariz de fora, até ficar com a pele esponjosa.
Sem dramas. Vamos lá a experiências radicais! E não há radicalismo na possibilidade de uma valente diarreia?! É que a ASAE não anda por lá.
Bom, de Marrakech para o Atlas, com um pulo a Casablanca.
Disse-me um amigo: "Ainda desapareces por lá." Afirmação completamente fora do contexto, pois já não estou em idade para ser trocada por camelos. Mas, por via das dúvidas, levo uma saias compridas e uns lencinhos para a cabeça, que este tipo de cabeleira que tenho destoa um bocado no magreb.

A ver vamos.

domingo, 13 de junho de 2010

Santo António e viva a sardinha!

Como manda a tradição, todo o lisboeta que se preze (as minhas desculpas à malta do Porto), quando chegam as festas do Santo António, há que ir à bela sardinhada e dar um "pézinho de dança" num desses arraias com música pimba e muita alegria (o tinto e a cervejola, ajudam).

Já há uns anitos que me deixei de ir para Alfama ou para a Mouraria, devido ao escandaloso preço da sardinha - peixe com obrigação de ser barato e que, durante largos séculos, foi alimento das gentes mais pobres nas zonas piscatórias.

Este ano, tal como no ano passado, lá fui para Carnide. Paguei 10€ por meia dúzia de sardinhas, das gordas, devidamente acompanhadas com broa, batata cozida com casca (do melhor) e uma magnífica salada de pimentos vermelhos, tomate e cebola. Soube-me bem!

O arraial estava animado. No largo central da velha Carnide, havia gente e mais gente. No coreto um qualquer grupo pimba, berrava desafinadamente canções ao bom estilo do Quim Barreiros, Ágatas e afins. Havia um pouco de tudo - mulheres a dançar com mulheres (típico); comboios de jovens notoriamente bêbados; casais pasmados com a respectiva filharada e até aqueles monos, quarentões, de cerveja na mão.

Não me apeteceu comprar nenhum manjerico, porque já sabia que o gato cá de casa se encarregaria de dar cabo dele. Quanto ao Santo António, não lhe fiz pedido algum - é que ele às vezes engana-se, à conta de tanto pedido que tem, e ainda me calhava mais uma bilha rachada. Dispenso!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Viajar por cá

Sou daquelas pessoas que gosta de fazer férias em Portugal, pelo menos uma parte delas. Primeiro porque temos um país riquíssimo, quer em termos paisagísticos, quer em termos de património e cultura tradicional.  De norte a sul do país há muito para ver e por descobrir. E em ano de "apertar, uma vez mais, o cinto", há sempre melhores alternativas do que o ficar pela Fonte da Telha, ou pior, ali para os lados do Estoril (isto para quem mora em Lisboa ou arredores e está mesmo, mesmo, sem cheta). Andar de tenda às costas, para os adeptos do campismo, é uma boa alternativa e sempre mais barata, mas sempre se encontram outras comodidades que, marcadas atempadamente, valem a pena.
Aqui ficam algumas sugestões:

Vilanova de Milfontes

Almograve

Ainda mais para sul, nada dos "algarves" turísticos. O melhor é, sem dúvida, usufruir da beleza natural da Ilha de Armona na Ria Formosa. Ambiente familiar, águas cálidas, espaços arenosos a perder de vista, sem aqueles ajuntamentos à beira mar, habituais na época do Verão. Sem carros, sem confusão e, para quem gosta de pescar ou mariscar, o que não falta é bicharada. Convém reservar cedo, porque as casas são alugadas por particulares e o Orbitur (só com bungalows) é caríssimo. Com o cair da noite, há sempre um barzinho aberto com a caipirinha a preceito e barata...eheh Este ano não vou para lá, infelizmente. Mas isso, são outras histórias e prefiro não falar delas.

Ilha de Armona

As fotos não são minhas. Tinha imensas, mas devido a umas quantas mudanças no "parque informático" cá de casa, foram-se. Paciência.