domingo, 13 de junho de 2010

Santo António e viva a sardinha!

Como manda a tradição, todo o lisboeta que se preze (as minhas desculpas à malta do Porto), quando chegam as festas do Santo António, há que ir à bela sardinhada e dar um "pézinho de dança" num desses arraias com música pimba e muita alegria (o tinto e a cervejola, ajudam).

Já há uns anitos que me deixei de ir para Alfama ou para a Mouraria, devido ao escandaloso preço da sardinha - peixe com obrigação de ser barato e que, durante largos séculos, foi alimento das gentes mais pobres nas zonas piscatórias.

Este ano, tal como no ano passado, lá fui para Carnide. Paguei 10€ por meia dúzia de sardinhas, das gordas, devidamente acompanhadas com broa, batata cozida com casca (do melhor) e uma magnífica salada de pimentos vermelhos, tomate e cebola. Soube-me bem!

O arraial estava animado. No largo central da velha Carnide, havia gente e mais gente. No coreto um qualquer grupo pimba, berrava desafinadamente canções ao bom estilo do Quim Barreiros, Ágatas e afins. Havia um pouco de tudo - mulheres a dançar com mulheres (típico); comboios de jovens notoriamente bêbados; casais pasmados com a respectiva filharada e até aqueles monos, quarentões, de cerveja na mão.

Não me apeteceu comprar nenhum manjerico, porque já sabia que o gato cá de casa se encarregaria de dar cabo dele. Quanto ao Santo António, não lhe fiz pedido algum - é que ele às vezes engana-se, à conta de tanto pedido que tem, e ainda me calhava mais uma bilha rachada. Dispenso!

1 comentário:

Bandido disse...

Sardinhas nem vê-las, arghhh.
Antes um bom presunto ou enchido. E porque não um queijo?

Saudações Chaladas