domingo, 20 de junho de 2010

Mentir? Para quê...


Quem nunca mentiu que atire a primeira pedra! Mas há, sem dúvida, mentiras e mentiras. As consequências de umas e de outras são bastante diferentes.
Podemos dizer a um amigo que está com boa cara, quando na realidade tem um aspecto terrível - é uma daquelas mentirinhas que usamos, por bondade, para elevar a auto-estima de alguém de quem gostamos e está a passar por um momento complicado. Podemos desfazer um compromisso social - um jantar, uma ida ao cinema - com uma mentira, por não querermos magoar as pessoas ou que elas pensem que as estamos a pôr de parte. Não deixam de ser mentiras, é verdade, mas são daquelas que não deixam marcas.

Há um outro tipo de mentira, esse sim, que pode ter resultados imprevistos, dolorosos, em especial quando assume a forma de calúnia.

"A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências (quando tememos que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima (quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas."
revista Sábado de 09/07/2004.


É verdade. A mentira pode surgir por várias razões, mas se o objectivo é darmos aos outros uma imagem melhor de nós próprios ou para obter ganhos e regalias...então, se todos assim fossemos, em que mundo tormentoso viveriamos?!

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