quarta-feira, 15 de setembro de 2010

I'me free or not?

Muitas vezes, ao longo deste blog, tenho falado em voar. O que, afinal, representa isso para mim? Dar largas à imaginação? Romper com convenções, preconceitos, esquemas sociais? Não. Vai muito mais para além disso tudo. Inadaptação? Talvez. Loucura? Estou-me nas tintas para as definições sociais de sanidade mental.
É uma consciência bem interiorizada que este mundo não é o meu e que o vejo como se estivesse dentro de uma redoma ou a observar à distância. Fico pasmada perante normas de relacionamento social, perante leis e decisões político-governamentais. Não percebo convenções matrimoniais, patrimónios, ambições materiais e objectivos de vida que nada mais representam que um futuro incerto, quando a vida é efémera e o relógio não pára. Racionalizo ... mas é tão difícil!
Submeto-me às rotinas quotidianas e ao capitalismo, por mera necessidade de sobrevivência. Mas, o resto...esse resto...nada mais é que obrigação, uma obrigação cada vez mais penosa, porque estou cansada de viver. Sei que o tenho de fazer, obrigar-me à vida...mas está a ser tão difícil representar este papel.
Voar implica a coragem de ir para além de tudo isto. Implica uma decisão inabalável de rejeitar o medo e de assumir, concretizando, o futuro que quero para mim mesma. Não é necessário lutar...basta destruir os fantasmas que persistem na mente e seguir em frente.
 I'm free...i need freedom, not submission. I must go to another world. I am entering the pit of death. I need to sleep without no more nightmares. I'm tired.Mea culpa.

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