domingo, 4 de julho de 2010

Mudar, uma questão de força interior

Se continuar a fazer o que sempre fez, irá ter o que sempre teve. Joaquim Caeiro

Há acasos, situações que nos apanham de surpresa e às quais não podemos escapar. Mas, a vida não é feita só de casos. A nossa vida, o a cada dia que passa, é fruto sobretudo das nossas escolhas, das nossas atitudes, daquilo que fazemos. Muitas dessas escolhas e atitudes são condicionadas pela nossa auto-imagem, pela nossa auto-estima e pelo crédito que damos à opinião dos outros sobre aquilo que somos, sobre o que deveriamos de ser. Almejamos o reconhecimento alheio, tornamo-nos dependentes emocionais, sofremos com a crítica, com o abandono, aceitamos vermo-nos através dos olhos dos outros.  Embarcamos em gestos de gentileza fingidos, deixamo-nos manipular por credulidade ou por insegurança. Queremos ser amados seja qual for o preço e quando esse amor não acontece ficamos perdidos. Erro!

É preciso mudar tudo isso. E a mudança não é fácil, nada mesmo. Implica uma auto-determinação inabalável. Implica deixar de ser e de fazer o que sempre se fez e que não deu em nada ou, pior, só gerou sofrimento.
Não é um mudar de casa, de amigos, de forma de vestir ou de penteado. È olhar para dentro de nós próprios, reflectir, encontrar as falhas e admiti-las com humildade, recolher as qualidades e tirar partido delas.É olhar ao espelho e dizer: "Eu sou isto e valho pelo que sou. Mas vou ser cada vez melhor.". Sorrir, ter confiança e operar a mudança. Mas como em tudo é preciso ter objectivos, metas, disciplina para as alcançar.

Eu não quero ter o que sempre tive, por isso não vou continuar a fazer o que sempre fiz. Quero mudança e estou a trabalhar nela - Lilith saiu da gaiola e cada vez voa mais e mais longe, à descoberta de si própria e de todas as suas potencialidades. O passado, resume-se a uma lição...por isso não foi tempo perdido.


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