terça-feira, 27 de julho de 2010

Fuga ao calor

Abafa-se com este calor previsível de Verão. Um calor que não aprecio muito, pois sou mais dada às temperaturas amenas e até do frio me defendo melhor (e vou eu para Marrakesh em Agosto - puro masoquismo ou talvez não).
Das noites de Verão sempre gostei, desde que pelo menos corra uma aragem. Mas, em dias como este, o que me salva é uma fuga precipitada para a piscina da Tina. É verdade, tenho sorte...uma amiga com piscina.
Meti-me na água e foi o alívio dos alívios. A caloraça era de tal ordem que as cigarras, escondidas nas árvores, cantavam num despique estridente que nada fazia calar. Em voo rasante, as andorinhas vinham beber água da piscina...e nós ali, a mergulhar, a boiar...serenas. É espantoso o silêncio debaixo de água! O silêncio absoluto, a total ausência de ruído foi algo que sempre me fascinou. Só o experimentei uma vez, na Ilha de Armona, numa depressão entre dunas - o silêncio era de tal ordem que me penetrava ao ponto de eu sentir que fazia parte dele. Gosto do silêncio, de tempos a tempos.
Agora idas à praia, nem pensar. Talvez pela manhã ou ao cair da tarde. Mas, tem de ser uma praia muito especial, com uma paisagem diferente, com caranguejo, peixinhos ou outra bicharada que gosto de apanhar desprevenida e me desperta o instinto de caçadora (estar estendida a "trabalhar para o bronze" é um aborrecimento). Praia ideal - sem gente ou com muito pouca e a uma distância considerável, pois detesto fazer parte de "colónias de leões marinhos. Só tenho duas praias de eleição - Ilha de Armona e Almograve, perto de Milfontes. Por isso, este ano, e por razões de força maior, vou mesmo ficar pela piscina da Tina e do hotel em Marrakesh....a menos que aquelas "malucas" me arrastem para uma qualquer praia que valha a pena.


3 comentários:

Bandido disse...

E tu deixaste-te arrastar?

Saudações Chaladas

Zé disse...

Trabalhar no bronze pode ser um acto muito aborrecido mas dá bom lucro ;)

Lilith disse...
Este comentário foi removido pelo autor.