terça-feira, 27 de julho de 2010

Escolhas

Dizia um amigo meu há uns dias atrás, referindo-se às relações heterossexuais, que "as mulheres escolhem demais e os homens escolhem de menos". Relativizei um bocado aquela afirmação, não só por conhecer um bocadinho o autor da mesma, mas sobretudo porque acho que em matéria de relações homem-mulher, as escolhas não têm de funcionar exactamente de acordo com esse princípio. As nossas escolhas dependem muito de vários factores, sobretudo das nossas necessidades, dos nossos objectivos e, mesmo esses, estão subordinados a experiências passadas, valores pessoais e até mesmo a nossa concepção de vida - o que importa é o hoje, o agora; ou o que importa é a construção de um presente e de um futuro; medo de perder a liberdade; medo da entrega total...medo de tantas coisas. Assim sendo, há homens e mulheres que escolhem pouco, e o contrário também existe para ambos. O que importa é que essas escolhas tragam felicidade e não a ilusão ou o vazio.
Eu já fui uma dessas mulheres que "escolhia de menos", que me deixava levar pelas primeiras impressões e contrariava todos os sinais de alerta com as fantasias amorosas que tinha dentro de mim. Actualmente nem me dou ao trabalho de escolher demais, nem pelo meio termo me fico, pois o panorama masculino actual é deveras deprimente. Como diz uma colega minha: "Os homens com H, estão em vias de extinção." Como dirá, certamente, o meu amigo: "As mulheres com M, são raras." Será que têm razão? Será que fizeram escolhas erradas? "Conhece-te a ti próprio" dizia Sócrates, o filósofo grego. Acho que esse é o primeiro passo. Eu, pessoalmente, já fiz a minha escolha - conhecer-me a mim própria.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um texto muito bem trabalhado.