quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Marraquexe - I

Final da tarde. Já não se vê o Sol. Ao longe, nos limites entre o céu e a terra, sobre o casario cor de barro, uma linha alaranjada no céu azul, anuncia o fim do jejum. Por toda a cidade ecoa o som estridente de uma sirene, seguido do apelo à oração: "Alláho akbar, Alláho akbar...". Abro os braços, esqueço-me de mim, fundo-me ...Ach hado an lá ilaha illaláh...sou parte integrante de um espírito único. Sinto uma paz imensa e voo em liberdade num mar de emoções, sem medo. Regresso ao primordial, à minha essência...não sou nada...faço parte, de algo muito maior, muito mais grandioso e intangível.



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