Sobre a serra uma manta de nuvens cinzentas.
Pingos grossos de chuva teimosa batem contra os vidros da janela do meu quarto.
Deixo-me estar, assim, encostada a eles, aos vidros, de olhos postos no nada.
No silêncio das primeiras hora do dia, já estou cansada.
Espero.
Queria ser a gota de água que escorre e se evapora.
Queria não ter razão de ser e ser apenas, como aquelas nuvens.
Mas não consigo chorar como elas.
Nem tão pouco ignorar...ir-me embora.
Espero.
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