...porque não somos objectos, mas sim pessoas que nascem livres e assim devem permanecer. Mas, para os apaixonados esta sentença quando proferida tem o sabor da derrota, de algo que já se perdeu ou nunca existiu; é impotência e conformismo.
Quando se ama alguém, gostamos de pensar que esse alguém é nosso, nosso no sentido de que está emocionalmente ligado a nós e que, embora seja um ser individual, caminha ao nosso lado através de um caminho traçado a dois. É a posse desse amor, posse no sentido de afecto único e verdadeiro, que nos faz sorrir, superar dificuldades. O outro fará as suas escolhas, como ser livre que é, mas por instinto apaixonado não deixará de equacionar o outro nessas mesmas escolhas.
Quando me dizem "ninguém é de ninguém" fico sempre de pé atrás, porque bem dentro de nós somos de quem amamos e gostamos de o ser.
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