Nem sempre estive onde devia
estar e nem sempre fiquei onde devia ficar.
Cheguei atrasada sem querer e
adiantada sem o saber.
Quis e não quis, ignorei com
vontade ou sem ela o óbvio e o nem por isso.
Tantos gestos e vozes que
passaram por mim e através de mim sem que me desse conta. Paisagens das quais
me escaparam os pormenores, nada mais.
Momentos fugazes, tão cheios de
tudo e de nada. Impermanência e vontade dela. Quantos caminhos não percorridos
e tantos deixar –me ficar à beira da estrada. E outros tantos através dos quais corri em busca de algo que
julgava existir e do que existia mesmo.
Alegrias, tristezas, gritos e
silêncios. Coisas sem sentido e outras tantas cheias dele.
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