quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tempos dificeis

Tempos difíceis estes em que vivemos. Tempos difíceis para a maioria. Será que alguma vez o deixaram de ser?!
No século XVIII, algumas vozes se ergueram contra a injustiça que vergava parte da humanidade ao despotismo de uma outra. Segundo os filósofos das Luzes, os Homens nasciam todos sob a mesma condição - livres e iguais -, como tal todos deveriam ter os mesmos direitos. Rosseau, na sua obra "O Contrato Social" afirmou que um homem que perde a sua liberdade, perde a vida.
Inspiradas nas ideias das Luzes, tiveram lugar revoluções. Delas, das ideias e dos Homens, nasceram  declarações de independência, do Homem e do Cidadão. Na prática, arrastaram-se injustiças que tiveram de ser combatidas com sangue suor e lágrimas - o esclavagismo, o direito à igualdade política entre homens e mulheres.
Em 1945, após os horrores da II Guerra Mundial, foi elaborada a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Contudo, embora esta tenha inspirado a Constituição de alguns países, não tem força de lei e a sua universalidade é ainda motivo de discussão em face da suposta legitimidade de culturas e tradições que desprezam os direitos naturais e inalienáveis do ser humano.

Neste pequeno mundo em que vivo. Neste pequeno país periférico de uma Europa incapaz de evitar crises económico-sociais, nem tão pouco uma nova ascensão da Alemanha, eu me questiono sobre esta gritante passividade do cidadão, pelo encolher de ombros face as divisões, injustiças, por este flagrante ignorar sistemático daquilo que a História nos ensina.

Há tanto por fazer e tão poucos que o tentam!

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