sábado, 11 de junho de 2011

A coleccionadora de cromos

Há muito tempo atrás, quando ainda era criança (onde já ouvi isto?!), coleccionar cromos era um daqueles passatempos infantis que mais apreciava. As cadernetas dos ditos eram motivo de orgulho e, aos fins-de-semana, lá ia eu com o meu pai até à estação de comboios do Rossio, onde vendedores com as suas banquinhas improvisadas, vendiam o que me faltava. Os cromos raros eram mais caros e havia aquela chatice de, ao abrir as carteirinhas, virem os repetidos, sempre os mesmos, os que toda a gente tinha e que nem para a troca interessavam.
Passaram-se muitos anos, desde então. Com o tempo descobri que também é possível coleccionar outro tipo de cromos, não dos de papel, mas de carne e osso e que, tal como no antigamente, também são produzidos em massa.
Numa daquelas noites de boa disposição, uma amiga minha disse e com carradas de razão: " Calham-nos sempre os cromos repetidos, porque os bons são raros."
Resta-me, assim, admitir que como coleccionadora de cromos sou uma lástima - repetidos, mais que muitos e de qualidade quase nada.

1 comentário:

joao rodrigues disse...

O cromo raro acaba sempre por aparecer,basta abrir a carteirinha certa.É difícil de encontrar mas não impossível de todo.